fevereiro 11, 2004

Testes e validações

O OzOnO relembrou uma questão interessante dos princípios da computação: o Teste de Turing, a simulação do comportamento humano por um computador ser tão eficaz que possa enganar uma pessoa (de inteligência média, o que quer que isso signifique). Na minha mente, isto levanta dois pontos:
1) Como sabemos que nós próprios não nos enganamos mutuamente, que os nossos cérebros não simulam a consciência? Haveria vantagem evolutiva em fazer crer aos outros esse facto? Haveria vantagem em nos enganarmos a nós mesmos? Assim os nossos pensamentos seriam um subproduto da evolução (neste caso, do crescimento cerebral) que produziram inesperadamente um fenómeno estranho baptizado Inteligência.
2) E que tal o reverso do Teste de Turing? Pode uma pessoa simular que é um computador? A resposta é não (tentem multiplicar 41232541354 por 626423233322 num segundo).
Qual será a validade do Teste de Turing? A vida não se restringe à Terra, a inteligência/consciência/(outro termo da sua preferência) não se restringe ao Homem. Assim o espero.

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