janeiro 13, 2005

Fundamento

Quando nos pensamos, quão fácil é crer sermos mais que um produto de improbabilidades. A invenção de um motivo (diz-se) aliviou este peso de existir, mas não nos tirou a ânsia de o conhecer, de lhe entender as causas. Lentamente construímos regras, explicámos excepções, fizemos esse edifício que nos satisfez a ansiedade. Só que não existe motivo. Nem para estares aqui, nem para os planetas deste Sol serem quantos são.

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