junho 26, 2006

Perspectiva

A comunicação só é possível com contexto. O olhar discreto do Doutor Spleen faz Dabila segurar o braço do bufo inutilmente escondido no conhecido programa húngaro de protecção de testemunhas. Kong sénior retira o martelo da mala e inicia uma sequência crescente de impactos contra a mão do referido personagem. Poderíamos explicar o padrão usado nesta técnica, aprendida num curso de formação Americano (a ordem a esmagar os dedos, por exemplo, dizem não ser trivial). Poderíamos também descrever o que Spleen pretende deste episódio (que não é a busca de informação, pois, como já foi dito, Spleen não reconhece mérito à tortura continuada). Preferimos salientar que, por entre os gritos e os sons abafados do metal a beijar a carne, o Doutor Spleen pensa na ligação entre sentido e função. Para alguém em que este fosse o primeiro martelo, como adivinhar-lhe outro propósito? Neste departamento quem pesa mais: o desenho da criação ou o rascunho do momento?

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